sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nossa missão

Eu tenho quase certeza que não sou o primeiro a propor esse exercício, mas prefiro o efeito à originalidade: procure a missão da empresa que você trabalha, e a leia. Então troque com a missão da empresa do amiguinho sentado à sua direita. Continue fazendo isso até pegar a da sua empregadora de volta. Depois disso, desafio: tente me provar que todas não são A MESMA MERDA.

Em primeiro lugar, chamar um negócio tipo "atender bem nossos clientes, ser bróder dos parceiro, servir à comunidade, etc" de "missão" já beira a sacanagem. Missão é roubar artefatos místicos, salvar a filha do presidente, encontrar a armadura de ouro; fazer bem o seu trabalho é obrigação. Aliás, "Nossa Obrigação" é um nome que cabe bem melhor, até porque falhar na missão faz parte da vida, falhar na obrigação é erro passível de destruição completa. Mas isso é no meu mundo, longa história.

É uma pena que esse lance de missão seja uma grande papagaiada, porque se levassem isso a sério a coisa poderia ser bem mais legal. E já que estamos na pegada da escolinha, outro exercício: baseado em tudo que você vê, sabe e julga, escreva aí nos comentários (não precisa nem se identificar) a missão "real" da sua empresa. Vou dar o exemplo desse blog:

Nossa missão (versão boba e feia)
Proporcionar aos leitores desse diário virtual textos sobre a realidade e o cotidiano do mundo corporativo, com leveza e bom humor, servindo sempre ao objetivo de divertir e encantar.

Nossa missão (botando pra fuder)
Analisar, esmiuçar, detalhar, destruir, esmigalhar, humilhar e dar um tapinha na bochecha das características mais marcantes e/ou desprezíveis da vida corporativa. Servir de válvula de escape para cada trabalhador frustrado e maltratado por essa grande máquina sem alma e sem rosto que despedaça nosso orgulho, fratura nossas famílias e mata nossa vontade de viver, mas que a gente adora e não consegue viver sem. E, como exemplificado por essa última oração, expressar tudo de maneira sarcástica, rancorosa e engraçadinha.

E, se possível, colocar um dinheirinho no bolso desse pobre redator que está naufragando sua própria carreira para que você aí do outro lado possa dar suas risadas.

Viu? É fácil. Agora é com você, não me deixe só.

Nenhum comentário: