segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A gostosa do escritório

Antes de começar, devo já pedir desculpas pelo tom meio machista desse post. Não é essa a ideia do blog, mas, convenhamos, o lance do colega com sex appeal no talo é mais que obrigação por aqui. Como eu não tenho autoridade para falar sobre o outro lado da mesa, gostaria de pedir a sua colaboração para o post sobre "o gostoso do escritório". Mandem depoimentos e opiniões, não precisam assinar, e não precisa, claro, ser mulher pra escrever - aliás, adoraria ver o ponto de vista gay sobre o assunto. É só escrever pro thiagopadula@gmail.com, e não precisam se preocupar com a redação, disso cuido eu ;)


Dados os recentes acontecimentos, estão em alta profissões que se caracterizam pela ausência (ou baixíssima-íssima presença) de colaboradores do sexo feminino no local de trabalho, como mineiros, pedreiros e, ahn, piratas. Entre esse e o outro extremo - lugares que só tem mulheres - há os ambientes mistos, aqueles que tem homens e mulheres, todos juntos, todos felizes.

Eu já passeei pelo assunto em outro post, e a ideia é essa: evidente que atração sexual não fica da porta do escritório pra fora, porque não dá pra controlar esse tipo de coisa. E homem, essa raça triste da porra, é inflamavelmente suscetível a qualquer estímulo vindo de onde não balança um pênis. Tipo, chega a ser ridículo. Se você, minha amiga, acha que os homens no seu trabalho não ficam comentando sobre você e suas colegas quando estão longe dos ouvidos femininos, surprise!, você está errada.

E, já que Deus é um cara legal, existem as musas, as divas, as gostosas do escritório. Aquelas pra quem todo mundo traz café de manhã, aquelas que todo mundo chama pra almoçar, aquelas que todo mundo se oferece pra ajudar no trabalho. E aquelas - ai, essa humanidade - que vão sempre ter sua beleza como contra-argumento da sua competência técnica, como se pra ser boa no que faz a pessoa tenha que necessariamente abrir mão da aparência.

O lance é que o ambiente de trabalho é um tema central no relacionamento entre empresa e funcionários - estes anseiam por um bom ambiente, aqueles fingem que estão se importando. Todo mundo quer um lugar bacana e que torne menos dolorosa a sensação de ver a história da sua vida sendo contada por uma carteira de trabalho, e, correndo o risco de parecer um panacão escroto ao dizer isso, afirmo: mulher bonita no escritório melhora o ambiente de cem a quatro milhões por cento.

Sim, porque é legal olhar pra elas. Sim, porque é legal conversar com elas. Sim, porque é legal imaginar que, num dia de hora extra, estresse e coisa e tal, há um fio de chance de vocês dois se pegarem num fight no meio das baias - não dá pra ficar muito mais patético que isso, mas é assim que somos. E, sim, todas as outras mulheres do escritório ficam eclipsadas, mas essa é a vida. A produtividade cai? Cai. Mas outras coisas sobem, e assim vai-se mantendo o equilíbrio, ainda que ele não seja exatamente justo para todas as partes envolvidas.

Claro que esse assunto pode ficar só na borda da inocência masturbatória platônica, mas às vezes a coisa começa a afetar a ética e o profissionalismo. Exigir "boa aparência" em vaga de emprego já é, pra começar, uma safadeza. Contratar mulheres pela beleza ao invés do currículo para cargos que não peçam um pouco mais de asseio na aparência é outra. Mas às vezes os fins justificam os meios, e se de boas intenções o inferno está cheio, ótimo - é pra lá que a gente tá indo. Desculpa aí.


Tema do post sugerido pelo Marcelo ;)

2 comentários:

Priscilla disse...

Ficou machista, não :D

Luis Henrique Balera disse...

Cara fantástica sua contribuição com estes textos! hahahah Muito boa narração! (YY)